Sistema inovador tem apoio da Fapesp e poderá ser usado na identificação de cidadãos com febre em pontos de aglomeração.
Um monóculo portátil com visor térmico desenvolvido para as Forças Armadas do Brasil e um sistema que capta diversos comprimentos de onda, usado normalmente por motoristas de veículos blindados do Exército, estão sendo transformados em uma ferramenta para o combate da COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus.
O projeto foi um dos seis primeiros selecionados em um edital lançado pelo Pipe-Fapesp em parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), para apoiar o desenvolvimento de produtos, serviços ou processos criados por startups e pequenas empresas de base tecnológica no estado, voltados ao combate da COVID-19.
Disponibilidade
Segundo estimativas da empresa, o protótipo do sistema deve estar pronto até junho e a tecnologia final deve estar disponível em mais alguns meses.
“A proposta é desenvolver um sistema inteligente de imageamento nos espectros visível e termal que processe dados relativos à identificação de pessoas com febre [um dos principais sintomas da COVID-19] em locais onde há aglomeração, como empresas, escolas, academias e shoppings”, diz Raphael Pereira Moreno, pesquisador responsável pelo projeto, ao boletim Pesquisa para Inovação.
De acordo com Moreno, o sistema de medição de febre será composto por uma câmera termal, responsável pela varredura das pessoas a uma distância de até 12 metros. Ao localizar os pontos corretos de medição da temperatura corporal, como a região dos olhos e das bochechas, um programa embarcado processará, de forma instantânea, as informações.
Ao identificar uma pessoa em estado febril, o sistema emitirá um alerta para os operadores de segurança – que poderá ser sonoro, luminoso ou outro –, para abordagem. Os rostos das pessoas em estado febril identificadas pelo sistema poderão ser consultados pelos operadores de segurança em um monitor convencional.
“Dependendo das necessidades dos clientes, a identificação do estado febril dos frequentadores de um determinado local poderá ser atrelada a algum mecanismo de segurança, como o travamento da catraca de acesso”, afirma Moreno.
Os sensores que serão embarcados no sistema poderão ser ajustados para um intervalo de temperatura entre 35 e 44º C, por exemplo.
Desenvolvimento incremental
Segundo o pesquisador, o desenvolvimento do sistema de detecção de pessoas em estado febril será incremental às tecnologias militares que a empresa sediada em São Carlos, no interior de São Paulo, desenvolve há mais de uma década, baseadas em sensores e câmeras multiespectrais.
Fundada em 1985, como divisão da Opto Eletrônica S/A, desde 2017 a Opto Space & Defense pertence ao Akaer Group. Há mais de 30 anos no mercado nacional e internacional e com uma equipe de especialistas composta por 40 pessoas, a Opto acumulou ao longo dos anos experiência na concepção e fabricação de sistemas optrônicos de alta complexidade, incluindo componentes ópticos de precisão, sistemas eletrônicos de alta confiabilidade, mecânica fina e engenharia de sistemas.
Alguns desses projetos também foram desenvolvidos com apoio do Pipe-Fapesp. A empresa atua ainda em projetos na área espacial, com o desenvolvimento de câmeras de alta resolução para satélites e sistemas de imageamento multiespectral.
“Vamos agora calibrar os sistemas que já temos, desenvolver um gabinete portátil para a instalação das câmeras e otimizar os algoritmos que vão fazer todas as leituras”, diz Moreno.
Além da adaptação tecnológica, que por ser militar também precisa ser simplificada para o uso civil, outros objetivos do projeto são apresentar ao mercado um produto portátil, com fonte de alimentação dedicada e de fácil operação.
Lote totaliza 18 milhões de máscaras importadas da China para uso dos profissionais de saúde; investimento do Estado foi de R$ 63 milhões.
O Governo de São Paulo recebeu na manhã desta terça-feira (19) um lote de 11 milhões de máscaras adquiridas da China. A nova remessa completa uma compra total de 18 milhões de máscaras cirúrgicas e N-95 importadas da China. A primeira leva chegou em 30 de abril, com 7 milhões de itens.
O Governo investiu um total de R$ 63 milhões para comprar esses produtos, visando reforçar os estoques de equipamentos de proteção individual (EPIs) da Secretaria da Saúde e garantir a segurança para profissionais que estão na “linha de frente” do atendimento aos casos da COVID-19.
“Importamos esses produtos da Ásia para reforçar nossos estoques de EPIs, oferecendo materiais para que as equipes estejam devidamente protegidas para atender a população”, diz o Secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann.
Imagem: Reprodução site Governo Estado de SP, (nova remessa completa uma compra total de 18 milhões de máscaras cirúrgicas e N-95 importadas da China)
Iniciativa, que reúne pesquisadores da Unesp, busca aproximar produtores rurais e consumidores durante período de quarentena.
O site do projeto AgroEcos está mapeando as iniciativas no âmbito da economia solidária que facilitem a comunicação entre o consumidor e o produtor rural durante o período da pandemia de COVID-19 (doença causada pelo novo coronavírus) e de isolamento social. O projeto, que reúne pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), da Open University (Reino Unido) e da Comunidad de Estudios Jaina (Bolívia), tem como um dos objetivos identificar e fortalecer as capacidades da comunidade para uma economia solidária baseada na agroecologia.
No Brasil, o AgroEcos atua principalmente nos territórios da Baixada Santista e da região da Costa Verde, que engloba o litoral sul fluminense e litoral norte de São Paulo. Na Bolívia, o projeto atua no território do Valle Central.
A divulgação das iniciativas está em linha com a proposta da economia solidária, que estimula a interdependência entre as atividades econômicas no intuito de assegurar a sobrevivência e bem-estar dos trabalhadores, promovendo relações de cooperação que melhoram as capacidades coletivas e constrói circuitos curtos que aproximando os produtores dos consumidores.
O projeto AgroEcos tem apoio do Reino Unido por meio do Arts & Humanities Research Council (AHRC) e do Global Challenges Research Fund (GCRF) e a parceria do Instituto de Políticas Públicas e Relações Internacionais (IPPRI) e do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Territorial na América Latina e Caribe (TerritoriAL), ambos da Unesp.
Revisão de matemática ou origem de expressões populares são alguns dos conteúdos apresentados por docentes em transmissões online.
Durante o período de distanciamento social, se tornou comum a procura de transmissões ao vivo (as chamadas lives) interessantes ou vídeos novos. Alinhados com este novo comportamento, os educadores do Centro Paula Souza têm disponibilizado informação na internet e também ajudado quem precisa estudar e se divertir.
Um dos exemplos é o professor de matemática da Escola Técnica Estadual (Etec) Cônego José Bento, de Jacareí, Fábio Aparecido, conhecido por dar aulas criativas de uma disciplina considerada difícil por muita gente. Ele já lançou mão de sudoku (um jogo de lógica), cubo mágico e também construiu foguetes com os alunos para tornar a teoria mais palpável. Na internet, seu canal Explica, professor! tem dezenas de vídeos voltados às provas da Fundação Universitária para o Vestibular (Fuvest), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Fundação Getúlio Vargas (FGV), entre outras.
O docente lançou uma plataforma de revisão de matemática para alunos do Ensino Médio. Já estão disponíveis aulas e exercícios de 11 temas. Além disso, ele tem feito lives às quartas-feiras, às 20 horas, no YouTube.
Geografia
Para quem tem dificuldades com geografia, uma sugestão é acompanhar o canal do professor Thiago Hernandes, que leciona na Etec Pedro D’Arcadia Neto, de Assis, e nas Faculdades de Tecnologia do Estado (Fatecs) Assis e Presidente Prudente. No canal do YouTube, o GeoExplica, há informações sobre temas tão diversos quanto moratória, obsolescência programada, apartheid, tsunamis e sementes crioulas. Brincalhão, Hernandes se fantasia, canta e faz piadas para manter a atenção dos estudantes.
Português e literatura
Já no canal Prof. Fagner Araújo, que leva o nome de um dos educadores da Etec de Heliópolis, na Capital, é possível não só estudar literatura e gramática, mas também conhecer a origem de ditados e expressões populares (como “deixa de ser besta” ou “são outros 500?). Os alunos podem ainda acompanhar interpretações de letras de músicas como Chão de Giz, de Zé Ramalho, Cajuína, de Caetano Veloso, ou O dia em que a Terra parou, de Raul Seixas. De quebra, o professor toca as canções que analisa, tornando a tarefa muito mais leve.
Cuidados possibilitam a proteção de todos no ambiente da casa, sobretudo em tempos de isolamento social no estado de SP.
Os cuidados para evitar a contaminação pelo novo coronavírus (causador da doença COVID-19) dentro de casa são fundamentais no combate à doença e valem para as residências da capital e do interior de São Paulo. Especialistas alertam sobre a importância de manter as medidas preventivas, de modo a proteger todos no ambiente doméstico, sobretudo em tempos de isolamento social.
“O único jeito de haver contaminação dentro das moradias é se alguém for levar esse vírus para dentro das casas”, explica Geraldo Reple, presidente do Conselho de Secretários Municipais da Saúde do Estado de São Paulo.
“A contaminação do ambiente domiciliar acontece quando as pessoas saem de casa e voltam portando o vírus que adquiriram na comunidade”, salienta Luiz Carlos Pereira Junior, diretor do Hospital Emílio Ribas e membro do Centro de Contingência do Coronavírus do estado.
O diretor do Hospital Emílio Ribas também aborda alguns procedimentos ao voltar da rua. “Quando você chega em casa, tem que tirar a roupa, se trocar. Recomenda-se também que você possa tomar banho para, dessa maneira, proteger as pessoas dentro da residência”, orienta.
Abaixo, vídeo com mais detalhes de como evitar a contaminação doméstica: