Cuidados possibilitam a proteção de todos no ambiente da casa, sobretudo em tempos de isolamento social no estado de SP.
Os cuidados para evitar a contaminação pelo novo coronavírus (causador da doença COVID-19) dentro de casa são fundamentais no combate à doença e valem para as residências da capital e do interior de São Paulo. Especialistas alertam sobre a importância de manter as medidas preventivas, de modo a proteger todos no ambiente doméstico, sobretudo em tempos de isolamento social.
“O único jeito de haver contaminação dentro das moradias é se alguém for levar esse vírus para dentro das casas”, explica Geraldo Reple, presidente do Conselho de Secretários Municipais da Saúde do Estado de São Paulo.
“A contaminação do ambiente domiciliar acontece quando as pessoas saem de casa e voltam portando o vírus que adquiriram na comunidade”, salienta Luiz Carlos Pereira Junior, diretor do Hospital Emílio Ribas e membro do Centro de Contingência do Coronavírus do estado.
O diretor do Hospital Emílio Ribas também aborda alguns procedimentos ao voltar da rua. “Quando você chega em casa, tem que tirar a roupa, se trocar. Recomenda-se também que você possa tomar banho para, dessa maneira, proteger as pessoas dentro da residência”, orienta.
Abaixo, vídeo com mais detalhes de como evitar a contaminação doméstica:
Cinco residentes em Psiquiatria e duas professoras participam da ação, voltada a pacientes do HC da universidade e familiares.
A impossibilidade de estar em contato com familiares, somado a incertezas sobre o desfecho da doença, podem ser fatores de angústias, medos e preocupações tanto para a pessoa acometida pela COVID-19 (doença causada pelo novo coronavírus) quanto para familiares. Para oferecer apoio emocional a pacientes e parentes, profissionais da área de saúde mental da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) realizam atendimento virtual a essas pessoas.
Quando um paciente é internado pela enfermidade no Hospital de Clínicas (HC), explica Renata Azevedo, chefe do Departamento de Psicologia Médica e Psiquiatria da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, é feita a tentativa de contato telefônico com a família, explicando sobre a possibilidade de atendimento. Além disso, é enviado um vídeo informativo sobre a proposta.
“Entramos em contato com a família, realizamos um convite, falando sobre o apoio emocional a distância, principalmente porque eles não podem visitar os familiares e isso cria muita angústia. Essa é a proposta: que possamos atendê-los para dar um pouco de conforto aos familiares internados e também para os pacientes”, salienta ao Portal da Unicamp.
Cinco residentes em Psiquiatria e duas professoras, Renata Azevedo e Clarissa de Rosalmeida Dantas, realizam os atendimentos, que podem ser agendados entre 8h e 22h. Devido à impossibilidade do contato presencial, tudo é feito virtualmente.
O trabalho, conforme explica Renata Azevedo, é fruto da expansão da rede de apoio que já vinha atendendo a profissionais de saúde do HC da Unicamp desde março, chamada “Cuidando de quem cuida”, vinculado ao Grupo de Apoio Virtual a Profissionais de Saúde (GAPS), do qual faz parte também a professora Rosana Onocko-Campos.
No âmbito da saúde mental, ainda existem outras duas frentes de atuação, além do atendimento a profissionais de saúde e aos pacientes e familiares. São eles: o Grupo Balint, coordenado pelo professor da FCM Roosevelt Cassorla, e o grupo Atendimentos de Escuta Psicanalítica online – COVID-19, coordenado pelo professor da FCM Mário Eduardo Pereira e pelo psicanalista Francisco Capoulate.
No primeiro grupo, voltado a profissionais da área da saúde mental, o foco é na discussão de casos clínicos e as questões emocionais relacionadas. No segundo, o objetivo é oferecer atendimento a profissionais de saúde de uma forma geral. Os profissionais que realizam esse trabalho também constituem uma retaguarda no caso de serem necessários mais profissionais para os atendimentos das demais rede de apoio.
Para a professora, o fortalecimento do cuidado em saúde mental neste momento é fundamental. “Às vezes a pandemia passa, ou se reorganiza de alguma forma, e os aspectos que marcam a saúde mental ficam. Já há experiências em outros países sugerindo que é providencial acoplar as medidas de saúde geral, que são fundamentais, às questões de saúde mental para lidar com inseguranças, dúvidas e incertezas”, analisa Renata Azevedo.
IMAGEM: Unicamp: Fluxograma do atendimento realizado pelo grupo.
Inscrições e aulas são realizadas de forma online, no modelo de Ensino a Distância, sem precisar sair de casa.
O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, está com 20 mil vagas abertas para cursos gratuitos de qualificação profissional do Programa Via Rápida Virtual. São quatro opções inéditas em áreas de tecnologia da informação, gestão e idiomas.
Essa é uma boa alternativa para estudar e aprender algo novo durante o período de recomendação de isolamento social no enfrentamento ao novo coronavírus, causador da doença COVID-19. As inscrições e as aulas são realizadas de forma online, no modelo de Ensino a Distância (EaD), sem que o interessado precise sair de casa.
As inscrições estão abertas e podem ser realizadas até 17 de maio por meio do site www.viarapida.sp.gov.br. No total, são oito cursos de curta duração (80 horas) oferecidos pela Universidade Virtual do Estado de São Paulo (Univesp): Lógica de Programação; Banco de Dados; Desenvolvedor Web; Desenvolvedor Mobile; Gestão Administrativa; Planejamento Empresarial; Finanças para Empresas; além de Espanhol Básico.
Podem se inscrever candidatos que tenham idade mínima de 16 anos, alfabetizados e domiciliados no Estado de São Paulo. Caso o número de inscritos seja superior ao número de vagas, serão priorizadas as pessoas desempregadas, com baixa renda e com deficiência.
A convocação dos candidatos selecionados ocorrerá por e-mail. As aulas têm previsão de início para o dia 25 de maio. Para receber o certificado, o aluno deve completar a carga horária total do curso virtual e atingir 7,5 de média nas avaliações.
Sobre o Via Rápida
O Via Rápida atua na qualificação e formação profissional dos participantes, preparando a população que está buscando uma oportunidade no mercado de trabalho ou abrir o seu próprio negócio. A ação busca, ainda, aprofundar os conhecimentos de cada atividade profissional e apresentar as tendências mais recentes de cada área de atuação aos participantes, de forma a ampliar suas alternativas de emprego e geração de renda.
Sobre a Univesp
Criada em 2012, a Univesp é uma instituição exclusivamente de educação a distância, mantida pelo Governo de São Paulo e vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Entre os principais parceiros, destacam-se o Centro Paula Souza e as universidades de São Paulo (USP), Estadual Paulista (Unesp) e Estadual de Campinas (Unicamp).
Os cursos da instituição são realizados em ambiente virtual, que garante a interação do estudante com o tutor, além de disponibilizar videoaulas, bibliotecas digitais e os conteúdos pedagógicos.
As autoridades sanitárias dos Estados Unidos autorizaram o início da segunda fase de testes da vacina mRNA-1273 contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2).
Produzida pela empresa Moderna, em parceria com o Instituto Nacional de Saúde (NIH), os experimentos agora serão conduzidos em cerca de 600 voluntários – incluindo pessoas com mais de 55 anos. Os testes foram autorizados pela Administração de Alimentos e Drogas (FDA) e devem ser iniciados imediatamente.
Na primeira fase, os pesquisadores concluíram que a vacina apresenta “segurança para a saúde humana” e que não tem efeitos colaterais graves . Foram testados, durante cerca de seis semanas, 45 voluntários adultos saudáveis entre 18 e 55 anos.
Segundo a empresa, caso os experimentos novamente tenham êxito, a produção poderá ser iniciada já em julho e com a meta de fazer cerca de um bilhão de doses por ano. A disponibilização para a sociedade deverá ocorrer em 2021.
Por sua vez, o NIH informou que o princípio ativo deve estimular as células do organismo a criar uma proteína viral que desencadeará uma resposta imunitária para bloquear o vírus.
Imagem: Vacina (Foto: Francesco Carta fotografo via Getty Images)
Equipe técnica da Secretaria da Saúde esclarece informações falsas divulgadas nas redes sociais ou por aplicativos de mensagem
O Governo de São Paulo, por meio das Secretarias de Estado da Saúde e da Comunicação, tem atuado também no combate à desinformação sobre o novo coronavírus. A fim de orientar a população sobre quais ações adotar no dia a dia, Governo tem usado seus canais oficiais de comunicação para divulgar informações corretas e para desmentir notícias falsas a respeito do novo coronavírus e da COVID-19, nome da doença causada por ele.
1. É falso que Detran e Polícia Militar vão multar motorista que dirigir sem máscara
Circulou em diversos estados uma mensagem com um alerta enganoso sobre multas a motoristas dirigindo sem máscara de proteção facial. Os órgãos oficiais responsáveis pela fiscalização das regras de trânsito desmentiram o conteúdo dessa mensagem.
Em nota oficial e em suas redes sociais, o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) desmentiu o conteúdo e afirmou que não existe previsão legal para multa ou perda de pontos nessas circunstâncias. A nota ressalta ainda que não há regulamentação do Denatran nem deliberação do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) a esse respeito.
Em diversos cidades e estados, a exemplo de São Paulo, há determinação para uso de máscaras caseiras em espaços públicos (como mercados e farmácias) e dentro de transporte coletivo (o que inclui táxis e motoristas de aplicativo). Mas as regras ou recomendações referem-se ao uso das peças na rua e ambientes coletivos, não dentro de veículos particulares.
No caso específico dessa mensagem, chamam a atenção os erros grosseiros de português e a falta de citação de uma fonte oficial sobre aquele conteúdo. Erros e omissões desse tipo servem de alerta para desconfiar da veracidade da mensagem.
2. É falso que ingerir alimentos alcalinos evita a COVID-19
Mensagem compartilhada em aplicativos de conversa sugere uma relação de alimentos que ajudaria a combater o vírus no organismo humano. Além de errar os valores do pH atribuídos aos alimentos, a mensagem traz informações equivocadas e sem qualquer embasamento médico ou científico.
O pH, ou potencial hidrogeniônico, indica, numa escala de zero a 14, o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade nas substâncias. Quanto mais próxima de zero, mais ácido; quanto mais perto de 14, mais alcalina; e próximo de 7 indica neutralidade. O pH de um alimento não é capaz de mudar as condições necessárias para o vírus se propagar dentro do organismo humano.
Ter uma alimentação saudável é importante em qualquer circunstância. Mas não existe, até o momento, remédio, vacina ou alimento específico que tenha eficácia comprovada para prevenir ou combater a infecção pelo novo coronavírus. A recomendação continua sendo higienizar as mãos com frequência, evitar aglomerações e uso de máscara facial quando sair de casa.
3. É falso que água tônica sirva para tratar a COVID-19
Circulou em redes sociais e por celular um vídeo em que uma mulher diz que ingerir água tônica ajuda a tratar a doença provocada pelo novo coronavírus. O vídeo, no entanto, faz associação equivocada com substância presente na bebida e em um dos remédios usado, em alguns casos, no tratamento da doença.
A mensagem confunde a nomenclatura de substâncias, mas os compostos são diferentes, sem qualquer relação entre si. Até uma fabricante desse tipo de bebida criou uma página especial em seu site para esclarecer a informação e deixar claro que água tônica não contém em sua composição a substância usada no medicamento.
Vale lembrar que ainda não há substâncias nem remédios específicos com eficácia comprovada para tratar a COVID-19, até este momento.
Com o objetivo de reabrir a economia o mais rápido possível para mitigar danos, muitos países começaram a relaxar as rigorosas medidas adotadas para impedir a propagação do coronavírus.
Mas todos permanecem atentos a qualquer sinal de uma segunda onda de infecções.
Sendo assim, quais lições os países que ainda não flexibilizaram o confinamento podem aprender com aqueles que já retomaram suas atividades?
Um dos exemplos mais notáveis vem da Nova Zelândia que, na semana passada, iniciou sua reabertura.
O país adotou o que chamou de estratégia de “eliminação” da curva de contágio: introduziu medidas fortes no início da emergência para impedir a propagação do vírus.
A estratégia deu certo e nesta semana algumas atividades econômicas recomeçaram, com algumas condições.
O principal deles é a ideia da “bolha”.
Cada pessoa pode se relacionar com um pequeno grupo de amigos ou familiares próximos, mantendo-se uma distância de dois metros de outras pessoas.
Cautela com uma ‘segunda onda’
Nesta fase, a União Europeia aconselhou os 27 países-membros a agir lentamente no retorno à vida normal e a basear suas medidas em pareceres científicos.
A Alemanha já reabriu suas lojas na semana passada, apesar de o grande número de infecções.
A medida coloca o país no centro das atenções internacionais enquanto espera para saber se essa estratégia vai causar um ressurgimento de casos.
E as autoridades permanecem vigilantes diante dos efeitos e prontas para reagir rapidamente a eles.
“No momento, as medidas estão sendo levantadas levemente. Manter distância e higiene das mãos são mais importantes do que nunca. Devemos continuar monitorando a situação de perto” , diz Marieke Degen, do Instituto Robert Koch de Virologia, responsável pela estratégia alemã contra a covid-19, à BBC News Mundo, o serviço de notícias em espanhol da BBC.
Além disso, o governo anunciou que o uso de máscaras seria obrigatório desde a última segunda-feira no transporte público e nos supermercados.
Vantagens das máscaras
Embora a OMS recomende o uso de máscaras apenas para quem está tossindo ou espirrando, ou para aqueles saudáveis, mas que estão cuidando de alguém com suspeita de infecção, Degen diz acreditar que usá-las “pode ajudar a retardar a disseminação”.
E embora reconheça que ainda não há uma base científica sólida para isso, ela diz que “parece plausível” acreditar que as máscaras oferecem proteção.
Assim, o Instituto Robert Koch recomenda usá-las “em ambientes onde você nem sempre pode manter distância ou onde há muitas pessoas”, como é o caso dos transportes públicos, por exemplo.
Para a Alemanha, o teste final acontecerá em 4 de maio com a reabertura das escolas, embora grandes eventos sejam proibidos até 20 de agosto.
Poucos alunos. E separados
A recomendação da Academia Alemã de Ciências, instituição que reúne alguns dos cientistas mais renomados do país, é que o retorno às aulas seja feito em grupos de 15 alunos no máximo.
A Alemanha pôde, enfim, começar a relaxar as medidas de quarentena graças à rápida detecção de casos.
O país tem capacidade para fazer 160 mil testes por semana para detectar o coronavírus.
É um dos países que mais testaram sua população.
Isso permitiu que as autoridades isolassem os infectados e diminuíssem a propagação do coronavírus. E também usar respiradores antes que a condição de uma pessoa infectada se deteriore completamente.
Sua grande capacidade hospitalar e o rigoroso cumprimento do distanciamento social também ajudaram o país a retornar à “normalidade”.
Aulas com distância
Outra história de sucesso é a Dinamarca, que em meados de abril já começou a reverter o fechamento de cidades e as atividades diárias.
E os benefícios de agir tão cedo fizeram com que, após um mês de quarentena, crianças com menos de 11 anos voltassem às escolas e creches desde 15 de abril.
Claro, sentado em mesas que estão a dois metros de distância.
Mas como a Dinamarca pôde voltar ao normal tão cedo?
“Comparado a outros países europeus, a Dinamarca foi uma das primeiras a agir”, diz Adrienne Murray, correspondente da BBC em Copenhague.
Uma série de restrições foi anunciada em 11 de março, 12 dias antes, por exemplo, de medidas serem tomadas no Reino Unido.
Na ocasião, as aglomerações eram limitadas a 10 pessoas, as fronteiras foram fechadas e os trabalhadores ficaram em casa.
Investimento no sistema de saúde
Ficar em casa não foi obrigatório e, embora bares, academias e salões de beleza estejam fechados, muitas lojas permanecem abertas.
Os dados sugerem que os anos de investimento da Dinamarca em seu sistema de saúde estão valendo a pena.
“Ainda temos muita capacidade, tanto em relação a leitos normais, leitos de terapia intensiva e respiradores”, diz Hans Joern Kolmos, professor de microbiologia clínica da Universidade do Sul da Dinamarca.
A Noruega e a Áustria também estão entre os primeiros países da Europa a reduzir lentamente as restrições.
Primeiros passos
Na Áustria, um país de cerca de 9 milhões de habitantes, pequenas lojas, oficinas de reparos, lojas de bicicletas e parques reabriram em 14 de abril.
Sua proximidade com a Itália e a tragédia no país vizinho levaram as autoridades locais a adotar medidas rigorosas em meados de março, antecipando possíveis infecções.
O restante das lojas, restaurantes e hotéis está programado para abrir em maio.
As restrições a casamentos e funerais permanecem em vigor, bem como multas a quem violar as regras de distanciamento social.
Os cidadãos são obrigados a usar máscaras nos supermercados, táxis e transporte público.
Noruega e Bulgária
As crianças voltaram aos jardins de infância noruegueses em 20 de abril e às escolas secundárias uma semana depois.
Na Bulgária, as feiras voltaram a funcionar.
Na República Tcheca, as lojas que vendem materiais de construção e bicicletas também reabriram e as regras foram relaxadas para as áreas de recreação ao ar livre.
A Espanha, que, juntamente com a Itália, foi o país mais afetado pela covid-19 na Europa, permitiu que trabalhadores não essenciais voltassem às funções desde 14 de abril e distribuiu máscaras protetoras nas estações de trem e metrô.
As crianças podem sair de casa acompanhas de um adulto desde o domingo passado.
No entanto, muitos líderes deixaram claro que, apesar de tudo, a rotina permanecerá restrita por um tempo e as medidas de distância social, rigorosas.